Seguramente, deverá ser mais uma calúnia em torno do PM, mais uma falsidade que levantam sobre a sua honorabilidade, porque jamais um homem como ele poderia ter afirmado tal coisa e, depois, vir a assumir exatamente o contrário, sujeitando-se a que alguém, mais azedo e indelicado, ouse beliscar a sua árvore genealógica, batizando-o a ele e à sua excelentíssima mãe com algum epíteto menos conveniente. Pelo nosso lado, não acreditamos “nesta”. Uma “abrilada”, ainda por cima, mais do que ultrapassada, das calendas de 2011...coisas do passado que não devem ser totalmente levadas à letra.
Não nos podemos fiar em tudo o que se diz aqui e por aí, senão não haveria adjetivos que chegassem para classificar tantos desmandos e despautérios que, só por má-fé, atribuem aos nossos esforçados e estoicos políticos e governantes, altamente empenhados em equilibrarem o malfadado défice, em cortarem o mais que podem nas suas próprias gorduras, isto é, nos gigantescos gastos do Estado, em obrigarem todas as castas, incluindo as especiais, a participarem no enorme movimento de solidariedade nacional. E agora, pasme-se, assegurou o PM, até se irão cortar 15% nas pensões vitalícias de uma data de dom sebastiões que, pelo seu esforço e dedicação imensos, salvaram o país, resta saber de quê…há quem diga que lixaram o país e as finanças públicas com um “f(efe) dos grandes”, mas temos a certeza de que se trata de mais um boato, uma falsidade. Eles eram lá capazes disso?! Apenas para que se medite no quanto as bocas do mundo são capazes, perguntamos: acham que alguns destes excelsos portugueses, abnegados e paladinos da moral, da ética, da lisura, da honestidade e da transparência merecem que lhes cortem as ditas pensões vitalícias, ganhas com tanto sangue, suor e lágrimas, em prol da nação e da sociedade que serviram e servem com tanta devoção e sacrifício? A comunicação social aponta uma série deles, mas elencamos aqui os mais conhecidos – Dias Loureiro, Duarte Lima, Carlos Melancia (o do aeroporto de Macau), Zita Seabra, Ângelo Correia, Bagão Félix, António Vitorino, Armando Vara, Rui Gomes da Silva, Joaquim Ferreira do Amaral, Álvaro Barreto.
Nesta leva de moralização fiscal, arrepiante, diga-se de passagem, os nossos governantes, com o PM a orientar as manobras, não irão lixar apenas, e mais uma vez, os abastados pensionistas e reformados, perdulários que gastam à tripa forra as brutais pensões de reforma que auferem, desbaratando-as em comes e bebes e em constantes viagens ao Algarve, à Costa da Caparica, à Madeira, ao nordeste brasileiro, etc., etc.. Não. Os ditos pensionistas vitalícios também irão sentir a espada de Dâmocles sobre as suas magras receitas. Mas há mais novidades: pelos vistos, até a CGD e o Banco de Portugal vão ter de participar neste esforço solidário, ainda que sem grande vontade de alinhar nesta estratégia. O Banco de Portugal, como, pelos vistos, se considera um Estado dentro do Estado, acima da lei, portanto, não está muito convencido a participar nestas invenções solidárias ditadas pela troika e subscritas pelo PM e pela Ministra das Finanças. Ainda está a decidir, o dito banco de Portugal, se sim, se não, vai mesmo prescindir das suas intocáveis regalias. Terá de consultar o Banco Central Europeu sobre o assunto.
O PM, claro, como é um homem tolerante, não com os pacóvios dos reformados e pensionistas,… esses têm de ser orientados a chicote, como merecem, já que o apupam, vaiam e lhe lixaram o seu adorado PSD nas últimas eleições…, mas com esta gente de estirpe que ele próprio colocou ou então que lhe aconselharam a colocar no Banco de Portugal e em outros lugares cimeiros da Banca e das Finanças, não pode entrar em choque com estes notáveis. É uma questão de bom senso político, de cautela e de espírito de sobrevivência. É preciso compreender as suas dificuldades, as suas limitações, os seus constrangimentos, os seus compromissos inconfessáveis, mas também a sua resistência e o seu estoicismo à testa da governação que, como um barco navegando no meio de escolhos e sem carta de navegação, vai rumando em busca de um porto que parece não existir em lado nenhum.
Apesar de tudo, não é justo termos à frente dos nossos miseráveis desígnios gente como esta, homens que nos governam com gana, que repudiam FMI/troikas, que gerem este país com ponderação, cerebração inteligente, altruísmo, ética , moralidade transbordante, espírito magnânimo e profundo desinteresse por bens materiais e, depois de toda esta dedicação, ouvirmos baboseiras que não só os envolvem a eles, distintos filhos de suas mães, como a estas, coitadas, profundamente alvejadas na sua dignidade feminina. Sempre misturadas em epítetos infelizes, sem serem de facto responsáveis, a priori, pelas faltas de carácter dos seus preciosos “rebentos”. Mas há comportamentos desviantes, taras e tendências que, seguramente, só encontram a sua explicação na genética, insistem os mais cientisto-pessimistas e, neste caso, quem nos diz que as desgraçadas das mães destes salafrários, vendilhões da nação, não devam também serem chamadas à pedra?! Por isso, quando alguns mais desbocados lhes dão, despudoradamente, roda de "filhos de ou da outra senhora", poderão ter, lá no fundo, alguma razão, no protesto, não na forma. De qualquer modo, repudiamos vivamente quem faz uso desta linguagem de uma forma gratuita e, voltando à questão inicial, reprovamos, vivamente, quem passa a vida a levantar falsos testemunhos deste quilate.
Analisando, porém, a frase que atribuem ao PM, e que tanta polémica causa, incluindo artigos especulativos como este, consideramos que ela, a frase, até encerra “uma espécie de moral da história”.
Ponderando bem, a dita afirmação, a ser emitida pelo PM, é ou foi, indiscutivelmente, um bom conselho. Ora medite-se sobre o seu conteúdo: "aqueles que fizeram os seus descontos têm hoje direito às reformas e pensões e deverão mantê-las no futuro"... é um excelente conselho", e avisa em seguida: "sob pena do Estado ficar com aquilo que não é seu". É claro que quem descontou tem que cuidar do que é seu, criar as condições para manter futuramente tais reformas, porque se não for capaz disso, o Estado pode vir a apropriar-se delas. Infelizmente, os idiotas dos reformados não têm conseguido nem sabido manter as ditas reformas a que julgavam, tolamente, ter direito e, como o PM previa, alguém pode abarbatar-se com elas. Pacificamente, o pessoal, bovino e manso, tem abdicado, sem grande luta, das ditas reformas e pensões e, nessa medida, se há alguém precisado de solidariedade é o Estado, que as recebe de braços abertos. É o candidato número um para este gesto filantrópico e solidário dos reformados e pensionistas portugueses. Ponto final.
De resto, cumpre-se o provérbio popular: quem perdeu, perdeu, quem achou é seu. Ora, o Estado limita-se a ficar com aquilo que alguém perdeu. O que está em Portugal é dos portugueses, diz o povo que é sábio, mas o que é dos portugueses também é de Portugal… esta última certeza, com tanta coisa à venda e já vendida, não é hoje completamente verdade, tenha-se isto em conta. Mas não será o Estado, em primeira e última instância, quem deve ficar com aquilo que é ou era dos portugueses? É claro que sim. É uma lógica confuciana, é certo, mas só quem não quer perceber é que não percebe e se atreve a lançar piropos indecentes, sórdidos e indecorosos a um homem como o PM.
Há que ter tento na língua e não acreditar em tudo o que se diz e lê.
João Frada
Professor Universitário
Não nos podemos fiar em tudo o que se diz aqui e por aí, senão não haveria adjetivos que chegassem para classificar tantos desmandos e despautérios que, só por má-fé, atribuem aos nossos esforçados e estoicos políticos e governantes, altamente empenhados em equilibrarem o malfadado défice, em cortarem o mais que podem nas suas próprias gorduras, isto é, nos gigantescos gastos do Estado, em obrigarem todas as castas, incluindo as especiais, a participarem no enorme movimento de solidariedade nacional. E agora, pasme-se, assegurou o PM, até se irão cortar 15% nas pensões vitalícias de uma data de dom sebastiões que, pelo seu esforço e dedicação imensos, salvaram o país, resta saber de quê…há quem diga que lixaram o país e as finanças públicas com um “f(efe) dos grandes”, mas temos a certeza de que se trata de mais um boato, uma falsidade. Eles eram lá capazes disso?! Apenas para que se medite no quanto as bocas do mundo são capazes, perguntamos: acham que alguns destes excelsos portugueses, abnegados e paladinos da moral, da ética, da lisura, da honestidade e da transparência merecem que lhes cortem as ditas pensões vitalícias, ganhas com tanto sangue, suor e lágrimas, em prol da nação e da sociedade que serviram e servem com tanta devoção e sacrifício? A comunicação social aponta uma série deles, mas elencamos aqui os mais conhecidos – Dias Loureiro, Duarte Lima, Carlos Melancia (o do aeroporto de Macau), Zita Seabra, Ângelo Correia, Bagão Félix, António Vitorino, Armando Vara, Rui Gomes da Silva, Joaquim Ferreira do Amaral, Álvaro Barreto.
Nesta leva de moralização fiscal, arrepiante, diga-se de passagem, os nossos governantes, com o PM a orientar as manobras, não irão lixar apenas, e mais uma vez, os abastados pensionistas e reformados, perdulários que gastam à tripa forra as brutais pensões de reforma que auferem, desbaratando-as em comes e bebes e em constantes viagens ao Algarve, à Costa da Caparica, à Madeira, ao nordeste brasileiro, etc., etc.. Não. Os ditos pensionistas vitalícios também irão sentir a espada de Dâmocles sobre as suas magras receitas. Mas há mais novidades: pelos vistos, até a CGD e o Banco de Portugal vão ter de participar neste esforço solidário, ainda que sem grande vontade de alinhar nesta estratégia. O Banco de Portugal, como, pelos vistos, se considera um Estado dentro do Estado, acima da lei, portanto, não está muito convencido a participar nestas invenções solidárias ditadas pela troika e subscritas pelo PM e pela Ministra das Finanças. Ainda está a decidir, o dito banco de Portugal, se sim, se não, vai mesmo prescindir das suas intocáveis regalias. Terá de consultar o Banco Central Europeu sobre o assunto.
O PM, claro, como é um homem tolerante, não com os pacóvios dos reformados e pensionistas,… esses têm de ser orientados a chicote, como merecem, já que o apupam, vaiam e lhe lixaram o seu adorado PSD nas últimas eleições…, mas com esta gente de estirpe que ele próprio colocou ou então que lhe aconselharam a colocar no Banco de Portugal e em outros lugares cimeiros da Banca e das Finanças, não pode entrar em choque com estes notáveis. É uma questão de bom senso político, de cautela e de espírito de sobrevivência. É preciso compreender as suas dificuldades, as suas limitações, os seus constrangimentos, os seus compromissos inconfessáveis, mas também a sua resistência e o seu estoicismo à testa da governação que, como um barco navegando no meio de escolhos e sem carta de navegação, vai rumando em busca de um porto que parece não existir em lado nenhum.
Apesar de tudo, não é justo termos à frente dos nossos miseráveis desígnios gente como esta, homens que nos governam com gana, que repudiam FMI/troikas, que gerem este país com ponderação, cerebração inteligente, altruísmo, ética , moralidade transbordante, espírito magnânimo e profundo desinteresse por bens materiais e, depois de toda esta dedicação, ouvirmos baboseiras que não só os envolvem a eles, distintos filhos de suas mães, como a estas, coitadas, profundamente alvejadas na sua dignidade feminina. Sempre misturadas em epítetos infelizes, sem serem de facto responsáveis, a priori, pelas faltas de carácter dos seus preciosos “rebentos”. Mas há comportamentos desviantes, taras e tendências que, seguramente, só encontram a sua explicação na genética, insistem os mais cientisto-pessimistas e, neste caso, quem nos diz que as desgraçadas das mães destes salafrários, vendilhões da nação, não devam também serem chamadas à pedra?! Por isso, quando alguns mais desbocados lhes dão, despudoradamente, roda de "filhos de ou da outra senhora", poderão ter, lá no fundo, alguma razão, no protesto, não na forma. De qualquer modo, repudiamos vivamente quem faz uso desta linguagem de uma forma gratuita e, voltando à questão inicial, reprovamos, vivamente, quem passa a vida a levantar falsos testemunhos deste quilate.
Analisando, porém, a frase que atribuem ao PM, e que tanta polémica causa, incluindo artigos especulativos como este, consideramos que ela, a frase, até encerra “uma espécie de moral da história”.
Ponderando bem, a dita afirmação, a ser emitida pelo PM, é ou foi, indiscutivelmente, um bom conselho. Ora medite-se sobre o seu conteúdo: "aqueles que fizeram os seus descontos têm hoje direito às reformas e pensões e deverão mantê-las no futuro"... é um excelente conselho", e avisa em seguida: "sob pena do Estado ficar com aquilo que não é seu". É claro que quem descontou tem que cuidar do que é seu, criar as condições para manter futuramente tais reformas, porque se não for capaz disso, o Estado pode vir a apropriar-se delas. Infelizmente, os idiotas dos reformados não têm conseguido nem sabido manter as ditas reformas a que julgavam, tolamente, ter direito e, como o PM previa, alguém pode abarbatar-se com elas. Pacificamente, o pessoal, bovino e manso, tem abdicado, sem grande luta, das ditas reformas e pensões e, nessa medida, se há alguém precisado de solidariedade é o Estado, que as recebe de braços abertos. É o candidato número um para este gesto filantrópico e solidário dos reformados e pensionistas portugueses. Ponto final.
De resto, cumpre-se o provérbio popular: quem perdeu, perdeu, quem achou é seu. Ora, o Estado limita-se a ficar com aquilo que alguém perdeu. O que está em Portugal é dos portugueses, diz o povo que é sábio, mas o que é dos portugueses também é de Portugal… esta última certeza, com tanta coisa à venda e já vendida, não é hoje completamente verdade, tenha-se isto em conta. Mas não será o Estado, em primeira e última instância, quem deve ficar com aquilo que é ou era dos portugueses? É claro que sim. É uma lógica confuciana, é certo, mas só quem não quer perceber é que não percebe e se atreve a lançar piropos indecentes, sórdidos e indecorosos a um homem como o PM.
Há que ter tento na língua e não acreditar em tudo o que se diz e lê.
João Frada
Professor Universitário
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