Eterna
moradia
Do
aquecimento global
Da
repulsa dos cigarros
De
tanta falta de sono
Sem
sonhos, sem ideal
Num
espaço e tempo bizarros…
Penou
que nem desgraçada,
Quase
morreu de agonia.
Quero
dar-lhe após a morte
Vida
eterna repousada
Numa
boa moradia
E
do inferno também
No
dia do meu velório
Não
sou crente nem ateu.
Se
houver lugar no além,
Que
seja no purgatório.
E
de êxtases espirituais,
Receio
que a minha alma
Viciada
em ritmo intenso
Nestes
ares celestiais
Se
canse de tanta calma.
Cheirando
a breu e pecados
Não
é clima a sugerir
Minh´alma,
sacrificada,
Tem
os poros saturados
De
tanto fumo “engolir”.
Pra
passar a eternidade
Não
vou perder este ensejo
É
melhor que um sanatório
Um
lugar com dignidade
Prá
alma, como eu desejo.