Porto de Abrigo
Dois
navios, os meus olhos
No
teu corpo a navegar,
Afrontam
ondas e escolhos
Sem
medo de naufragar
Cruzam
marés de bonança
E
fundos de calmaria,
Fundeiam
onde há festança
E
tesouros de alegria
Rompem
deltas de paixão,
Exploram
praias e baías,
Corsários
de ocasião,
São
férteis em ousadias
Navegando
por aí fora
Sem
timoneiro nem velas,
Meus
olhos andam agora
Ao
sabor de mil procelas
Neste
rumo explorador,
Trago
uma esperança comigo:
Que
me sirvas, meu amor,
De
último porto de abrigo
Calendas
musical,
2000