domingo, 29 de março de 2015

SEXTO SENTIDO



Sexto sentido

Os meus versos metafóricos,

Herméticos quando se leem,

São como vales profundos

Onde os símbolos alegóricos

Estão ali e não se veem…     

Ou talvez ninguém pressinta

O que escondo nas palavras,

Mas tu, olheira distinta,

Tão atenta ao que eu respigo

Entre clarezas e sombras,

E pretensões literárias, 

Tão solidária comigo,

Aposto que até vislumbras

O que eu penso, mas não digo.

Calendas Poéticas 2000