sábado, 11 de abril de 2015

PUNIÇÃO

Punição

Mil poemas de amargura

Rimas de fel e quebranto

Lanço aqui pra que se saiba

São minha herança futura

Que vos deixo a bom recanto

Devem ser lidos com raiva…

 
Pra todo o tirano ouvir

Se possível, assestados,

Curtos, grossos, poucas falas.

Hei de no inferno sorrir

Se souber que os meus recados

Fazem mais estragos que balas.

 
Pudesse fazer magia

Usaria cada verso

Como um gume de navalha

Pra punir a tirania

E qualquer ato perverso

De tanta gente canalha.

 
Calendas Poéticas 2000