Mil poemas de amargura
Rimas de fel e quebranto
Lanço aqui pra que se saiba
São minha herança futura
Que vos deixo a bom recanto
Devem ser lidos com raiva…
Pra todo o tirano ouvir
Se possível, assestados,
Curtos, grossos, poucas falas.
Hei de no inferno sorrir
Se souber que os meus recados
Fazem mais estragos que balas.
Usaria cada verso
Como um gume de navalha
Pra punir a tirania
E qualquer ato perverso
De tanta gente canalha.
Calendas Poéticas 2000