sábado, 22 de novembro de 2014

ARAGEM

Manhãs sombrias,
Vento nordeste,
Tardes vazias,
Ecos perdidos
Da minha voz…
São os meus dias
Assim vividos,
Frios e sós.
Outono triste
Que me enregela,
Feito de neve
Que se acastela
Dentro de mim,
E traz em breve
O frio inverno
A morte, o fim.
Mas, soam grilos,
Canta a cigarra
Sem temperança
Outra alvorada
Cobre o jardim.
De tanto ouvi-los
nesta algazarra
inesperada
nasce uma esperança 
dentro de mim.





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