POEMA
EU...Eis-me
Aguardo pressentir-te, há tanto tempo,
sem guardas, grades ou prisões,
ouvir o som longínquo dos teus dedos
e nada sei de ti, tempo perdido,
nenhum sinal de vida, meu amor.
De que me valem rogos, penitências,
ou promessas aos santos mais devotos
se os céus não se apiedam desta dor?
Neste silêncio sepulto a tua ausência
E, pouco a pouco, no peito, os meus afetos
Lembram um manto de Outono, pela cor.
João Frada
Calendas Poéticas
2000
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