sábado, 25 de março de 2017

JEROEN DIJSSELBLOEM - Eurogrupo, Euroescrúpulos, "Copos e Mulheres"

“Jeroen Dijsselbloem […] terá realizado investigação na área da Economia Empresarial, no University College Cork, na República da Irlanda (1991), com o objectivo de obter um Mestrado, sem no entanto o concluir. Apesar de não ter concluído os estudos deste curso de Mestrado, entre Novembro de 2013 e Abril de 2014, o grau de Mestre constou da sua biografia oficial, até o mesmo ser desmentido por parte do University College Cork e da National University of Ireland.”
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jeroen_Dijsselbloem)

“O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, acaba de retirar do currículo um mestrado em Economia Empresarial, pela University College Cork (UCC), que nunca existiu naquela instituição.”

Segundo a Wikipédia, o Mestrado processa(va)-se naquela universidade irlandesa; de acordo com o texto publicado no jornal Público (em 15.04.2015) o Mestrado nunca existiu naquela instituição. O dito Mestrado, porém, a acreditarmos na informação da Wikipédia ou do referido periódico, nunca viria a ser concluído por “Sua Ex.ª”, o Sr. “Proto-Mestre” Jeroen Dijsselbloem. Foi título ambicionado, mas nunca  conseguido.
Curioso o perfil ético e moral deste senhor, presidente do Eurogrupo, o qual, com tais antecedentes, vem agora exibir-se tão alardemente…e alarvemente…criticando os povos da Europa do Sul, como se o seu comportamento Eurocêntrico fosse absolutamente intocável e irrepreensível!
Obviamente, o status científico e pessoal que este grau académico lhe poderia conferir, pensava ele, garantir-lhe-ia, junto de grande parte dos seus bacocos colegas do Eurogrupo, um nível mais elevado de supremacia, respeito e admiração. Tinha razão. Na verdade, só viria, mesmo, reforçar um pouco mais a solidez da sua ação político-presidencial, enquanto alto dirigente do Eurogrupo, como se viu. O silêncio em torno desta sua borrada pessoal é ou foi paradigmática do espírito de retidão, honestidade e integridade intelectual que parece caracterizar uma grande parte dos seus colegas europarlamentares.    
Perante este seu “dislate curricular”, e utilizando as suas próprias palavras, apetece-nos perguntar: será que a organização ou redacção final do seu pomposo currículo se terá processado depois de uma boa noitada de “copos e mulheres” ?! Ou, tomando em consideração estes refinados sinais de narcisismo e megalomania, e tendo em conta a permissividade da legislação holandesa em relação a uso de cannabis, e não só, fosse eu Psicólogo ou Psiquiatra, atrever-me-ia a pôr como hipótese de diagnóstico, ainda que improvável, uma “azarada” crise de ressaca  depois de uma visitinha legal a uma qualquer sala de shoots (sala de chuto).
Como se vê, esta faceta megalomaníaca do ilustre presidente do Eurogrupo, não obstante traduzir, claramente, um perfil pessoal e político revelador de desonestidade e de falta de escrúpulos, não poria em causa a sua continuidade de funções no alto cargo europeu que desempenha.
Impávido e sereno, continuou/continua a sua missão, ali alicerçado de “pedra e cal”.
Os seus colegas do Eurogrupo, porventura, familiarizados com estas e outras manhas que constituem a praxis diária da sua actividade, enquanto “pastores” de todo o “rebanho” europeu,… com alguns carneiros mais rebeldes do que outros…, terão feito letra morta, ou vista grossa, sobre este “insignificante” incidente. O que pensaram, comentaram ou criticaram nos bastidores sobre o comportamento do seu “presidente” com aspiração a Mestre, não sabemos. Mas que decidiram mantê-lo, manifestando-lhe deste modo a sua confiança, pelo seu exercício, pessoal e profissional, isento, escorreito e criativo, isso, não há dúvida.
Apesar desta atitude bem demonstrativa do seu carácter pretensioso, insensato e descuidado, continua a passear-se, elegantemente, nos píncaros do Eurogrupo, como um bom “menino de coro”. E todos o ouvem. Dos mais atentos aos mais senis que se pavoneiam e circulam nos corredores daquele sagrado “templo”, todos lhe tecem os mais rasgados elogios.
Jeroen Dijsselbloem, arrogante e presunçoso, assim apoiado por outros tantos insolentes da sua laia, nas decisões que a todos nos tocam, continua a fazer ouvir o eco da sua voz, apesar de tanta distorção…e da tempestade de críticas e protestos que, qual vento suão, não pára de soprar sobre os “telhados de vidro” de Bruxelas.

João Frada

Médico/Professor Universitário (Ph.D.) FML

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