“Jeroen Dijsselbloem […] terá realizado investigação na área
da Economia Empresarial, no University College Cork, na República da Irlanda
(1991), com o objectivo de obter um Mestrado, sem no entanto o concluir. Apesar
de não ter concluído os estudos deste curso de Mestrado, entre Novembro de 2013
e Abril de 2014, o grau de Mestre constou da sua biografia oficial, até o mesmo
ser desmentido por parte do University College Cork e da National University of
Ireland.”
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jeroen_Dijsselbloem)
“O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, acaba de
retirar do currículo um mestrado em Economia Empresarial, pela University
College Cork (UCC), que nunca existiu naquela instituição.”
Segundo a Wikipédia, o Mestrado processa(va)-se naquela
universidade irlandesa; de acordo com o texto publicado no jornal Público (em
15.04.2015) o Mestrado nunca existiu naquela instituição. O dito Mestrado, porém,
a acreditarmos na informação da Wikipédia ou do referido periódico, nunca viria
a ser concluído por “Sua Ex.ª”, o Sr. “Proto-Mestre” Jeroen Dijsselbloem. Foi
título ambicionado, mas nunca conseguido.
Curioso o perfil ético e moral deste senhor, presidente do
Eurogrupo, o qual, com tais antecedentes, vem agora exibir-se tão alardemente…e
alarvemente…criticando os povos da Europa do Sul, como se o seu comportamento Eurocêntrico
fosse absolutamente intocável e irrepreensível!
Obviamente, o status
científico e pessoal que este grau académico lhe poderia conferir, pensava ele,
garantir-lhe-ia, junto de grande parte dos seus bacocos colegas do Eurogrupo,
um nível mais elevado de supremacia, respeito e admiração. Tinha razão. Na
verdade, só viria, mesmo, reforçar um pouco mais a solidez da sua ação
político-presidencial, enquanto alto dirigente do Eurogrupo, como se viu. O
silêncio em torno desta sua borrada pessoal é ou foi paradigmática do espírito
de retidão, honestidade e integridade intelectual que parece caracterizar uma
grande parte dos seus colegas europarlamentares.
Perante este seu “dislate curricular”, e utilizando as suas
próprias palavras, apetece-nos perguntar: será que a organização ou redacção
final do seu pomposo currículo se terá processado depois de uma boa noitada de “copos
e mulheres” ?! Ou, tomando em consideração estes refinados sinais de narcisismo
e megalomania, e tendo em conta a permissividade da legislação holandesa em
relação a uso de cannabis, e não só, fosse eu Psicólogo ou Psiquiatra, atrever-me-ia
a pôr como hipótese de diagnóstico, ainda que improvável, uma “azarada” crise de
ressaca depois de uma visitinha legal a uma
qualquer sala de shoots (sala de chuto).
Como se vê, esta faceta megalomaníaca do ilustre presidente
do Eurogrupo, não obstante traduzir, claramente, um perfil pessoal e político
revelador de desonestidade e de falta de escrúpulos, não poria em causa a sua
continuidade de funções no alto cargo europeu que desempenha.
Impávido e sereno, continuou/continua a sua missão, ali
alicerçado de “pedra e cal”.
Os seus colegas do Eurogrupo, porventura, familiarizados com
estas e outras manhas que constituem a praxis diária da sua actividade,
enquanto “pastores” de todo o “rebanho” europeu,… com alguns carneiros mais
rebeldes do que outros…, terão feito letra morta, ou vista grossa, sobre este “insignificante”
incidente. O que pensaram, comentaram ou criticaram nos bastidores sobre o
comportamento do seu “presidente” com aspiração a Mestre, não sabemos. Mas que
decidiram mantê-lo, manifestando-lhe deste modo a sua confiança, pelo seu
exercício, pessoal e profissional, isento, escorreito e criativo, isso, não há
dúvida.
Apesar desta atitude bem demonstrativa do seu carácter
pretensioso, insensato e descuidado, continua a passear-se, elegantemente, nos
píncaros do Eurogrupo, como um bom “menino de coro”. E todos o ouvem. Dos mais
atentos aos mais senis que se pavoneiam e circulam nos corredores daquele
sagrado “templo”, todos lhe tecem os mais rasgados elogios.
Jeroen Dijsselbloem, arrogante e presunçoso, assim apoiado
por outros tantos insolentes da sua laia, nas decisões que a todos nos tocam,
continua a fazer ouvir o eco da sua voz, apesar de tanta distorção…e da
tempestade de críticas e protestos que, qual vento suão, não pára de soprar
sobre os “telhados de vidro” de Bruxelas.
João Frada
Médico/Professor
Universitário (Ph.D.) FML
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