Que afrontaram
tanto mar
Em calmarias
perdi-os
No fundo do teu
olhar
Nesta rota mal
medida
Meu coração ficou
cego
Fiquei sem norte
na vida
Pode encontrar um
tesouro
Ou sem ter vento,
nem pano,
Só marés de mau
agouro
Está sempre à
vista, a bombordo,
Porque um vento
repentino
Provoca um caos absurdo
Uso bússola e
anemómetro
Astrolábio e
balestilha
Traço as rotas ao
milímetro
Em qualquer porto
ancorado
Sou marujo, mas
estratego,
Muito mais
acautelado
Mas não em
roteiros escuros
Deixando que o coração
Só navegue em
mares seguros.
Mata o amor
natural,
Dá-lhe, sim, a
dimensão
Que o torna
celestial.
num terno abraço despertam
Mas não passam de
ilusão
Quando nunca se
libertam.
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