terça-feira, 11 de março de 2014

JUSTIÇA À PORTUGUESA

O Banco de Portugal, lesado por administradores de Bancos Privados, em particular, pelo Millennium BCP, através de manobras de desvio ilegal de capitais para 17 offshores, em proveito próprio, acaba por reconhecer que a nossa Justiça e, sobretudo, os mecanismos e subterfúgios legais de que ela enferma constituem uma Lástima, uma Vergonha difícil de classificar.
Recorrendo aos Tribunais para proteger os seus interesses e, consequentemente, os do país, face à morosidade processual e às inúmeras manobras dilatórias que a própria lei prevê, o Banco de Portugal viria a assistir à prescrição e arquivo da maior parte das contraordenações imputadas  a alguns desses indivíduos, administradores e gestores bancários. Deste modo, não só não ocorreram os julgamentos dos factos envolvendo tais transações fraudulentas, como o Banco de Portugal deixou de receber coimas no valor de um milhão de euros. 
Bela Justiça, esta,… à Portuguesa!
Entretanto, andam os nossos governantes, desde o Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, ao Vice-Primeiro Ministro e aos Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Indústria, a apregoar por todo o lado, aos sete ventos, que investir em Portugal é uma decisão inteligente, rentável e profícua…  dinheiro em caixa!
Com exemplos desta natureza, como o que apontámos, só os empresários estrangeiros mais radicais ou menos avisados ousarão apostar ou continuar a fazer investimentos no nosso setor industrial, juridicamente tão desamparado.
Estaremos a ser Pessimistas ou Realistas de mais?!

João Frada


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