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domingo, 2 de fevereiro de 2014
CREPÚSCULO
Quem dera que eu não visse esse crepúsculo
e a hora da partida não chegasse
e não fosse tão longe o nosso adeus
que te leva, meu amor, de volta à praia…
E tu, meu sol, eternamente pelos céus,
não mais me deixarias na penumbra…
Quem dera que o crepúsculo não chegasse
e tu me iluminasses todo o dia
e fosses meu tronco e minha sombra…
Libertava-me, de vez, desta agonia,
sem que o resto do mundo me importasse.
Quem dera, meu amor, que a tua ausência
não passe de uma onda que desmaia
ou de um barco, sem leme e marinheiro,
que não parte nem pode navegar.
Regressa, meu amor, assim ligeiro,
vem antes do crepúsculo me cegar.
Quem dera que não visse outro crepúsculo
para te ter mais tempo junto a mim.
Sonhando que sou hera, que sou flor
e tu um simples cravo ou um arbúsculo,
duas flores de mãos dadas num jardim.
João Frada
Etiquetas:
amor,
crepúsculo,
partida,
poemas,
Poesia
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