quarta-feira, 6 de novembro de 2013

RÉSTIA DE ESPERANÇA

Tentei que os nossos caminhos se cruzassem
e quantas vezes 'stendi a minha mão,
esperando de ti um gesto ou um sorriso,
desejando que os teus olhos me fitassem,
e me amparasses, amor, como um bordão,
que me servisses de guia, de farol,
enquanto o meu andar fosse indeciso
e tardasse a descobrir a luz do sol.

Vi partir andorinhas, foi-se a esperança
de ver chegar um dia a Primavera,
de sentir o teu rosto junto ao meu,
de te envolver p'la cintura numa dança,
de sermos num abraço, tu e eu,
a vida, um sonho cheio de saudade,
a magia total  de uma quimera

João Frada, Olhos nos Olhos da Alma, Edições CLINFONTUR

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