sábado, 10 de junho de 2017

O BRASIL e a herança do "CABRAL"

A propósito da Corrupção e da Ladroagem que parecem proliferar no seio da administração política do Brasil, alegadamente, atingindo os mais altos cargos do governo deste país, lê-se com mais frequência, nos comentários internéticos às constantes notícias sobre Lula da Silva, Dilma Roussef e Temer, de que tais mazelas e heranças, de triste lembrança, foram e são obra do “Cábral” (Álvares Cabral) e dos “portugas”, seus coevos, refinados artistas nestas manhas de furto, ganância e imoralidade. Sem querer desculpabilizar ninguém, e a termos em conta o grau de virtuosismo ético e moral, mais do que duvidoso, de uma grande parte dos nossos políticos (portugueses), enquanto governantes, ex-governantes, gestores, directores, conselheiros e administradores da máquina de Estado, sabemos que desta histórica “árvore-mãe”, da diáspora lusa, nem todos os troncos e ramos se estenderam direitos e sadios. Mas, no caso do nosso país irmão, o tronco que lá chegou e se enraizou, ao longo do tempo, recebeu muitos outros enxertos. E nem todos terão sido isentos de pragas e doenças. Se Cabral e os seus contemporâneos ali deixaram, incontestavelmente, uma “brilhante” herança genética, bem traduzida em comportamentos e traços refinadamente viciosos – uma grande mestria no domínio da fraude e da ilegalidade, uma tendência mórbida para a corrupção e para a agiotagem, uma matriz ética e moral sem grandes escrúpulos, o atual mosaico demográfico brasileiro integra outros grupos populacionais de génese europeia, não menos famosos pelas suas características genético-comportamentais. E, os brasileiros, governantes e administradores da “coisa pública”, aqueles que podiam e deviam fazer a diferença, em vez de se preocuparem em banir as características mais nefastas e ruins que assolam a sua sociedade multiétnica e cultural, não só cultiva(ra)m os vícios do passado, a ponto de causar inveja aos seus velhos mestres quinhentistas, como parecem ter aberto os braços às formas mais reprováveis e insidiosas de imoralidade e de enriquecimento ilícito… a acreditar naquilo que transborda, diariamente, na comunicação social escrita e audiovisual brasileira. Sem falar em Holandeses, Japoneses, Africanos, e muitos outros que compõem a “manta de retalhos populacional brasileira”), todos eles carregados de virtudes e defeitos, ninguém duvidará de que os Alemães de espírito nazi (e lembro que a maior “secção Nazi” fora da Alemanha hitleriana se situava no Brasil), de firmes convicções xenófobas e eugénicas, os Espanhóis, engenhosos no domínio do esclavagismo e da “exploração do homem pelo homem”, não olhando a meios para atingir os fins (os povos da América Pré-Colombiana sentiram bem na pele a sua acção colonizadora e depredatória), e os Italianos, quantos deles mafiosos ligados à “Cosa nostra”, de origem siciliana, à Camorra, napolitana, e à Ndrangheta, da Calábria, terão também contribuído, fortemente, para essa enorme falta de sentido ético e moral, ausência de virtude e integridade e excessiva desonra que hoje minam algumas franjas da alta sociedade brasileira. Ou ainda restam dúvidas?! Visivelmente, as facetas mais impróprias do Brasil, na atualidade, não resultarão, apenas, da famigerada herança do “Cábral”.......... João Frada Professor Universitário (Ph.D.) da FMLisboa

1 comentário:

  1. Correcto!
    Além do mais, pobres herdeiros que, em 200 anos de independência, não souberam, ou não quiseram mudar...
    Aliás, Rueff, Temer, Maluf, etc. são mesmo apelidos portugueses, não são?... :-)

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