quinta-feira, 19 de março de 2015

SONHOS OUTONAIS

Sonhos Outonais

 
Já te não vejo, qual estrela,

Fitares-me, assim, cintilante,

No céu do meu pensamento.

Nessa luz, que era tão bela,

Brilhando a todo o instante

Apagou-se o sentimento.

 
Já não sinto essa loucura

Quando prendo, apaixonado,

Nas minhas mãos, o teu rosto

Nem sinais dessa ternura

Ou do amor arrebatado 

Que tinhas em cada gesto.

 
Teus sonhos, que eram tão verdes,

Secaram a par das folhas

Já não vivem no meu sono.

Aos poucos também tu perdes

A paixão com que me olhas

Ganhando a cor do Outono

 
Calendas Poéticas 2000

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