PAIXÃO
Queria
ver-me livre deste nó
Que trago na
garganta e me tortura
Por te saber
tão longe, meu amor.
Queria não
me sentir pobre, como Jó,
Mendigando
migalhas de ternura
Que tão pouco aliviam esta dor.
Queria poder
gritar, enfim, sou livre
Destas algemas
cruéis, tão imprecisas,
Que me
prendem, amor, à tua imagem.
Queria acreditar
que não é tarde
Pra libertar
duas almas indecisas
Que teimam em abraçar uma miragem.
Calendas Poéticas 2000
Sem comentários:
Enviar um comentário